sexta-feira, 5 de julho de 2013

Templos de diferentes religiões abrem as portas para peregrinos na JMJ

fonte: globo.com

Centros de Umbanda e Igrejas Evangélicas se cadastraram para receber jovens. Líderes dizem que convivência pode reforçar a tolerância religiosa.
Centros de Umbanda, clubes Judaicos, Igrejas Evangélicas e Anglicanas serão alguns dos locais que vão hospedar peregrinos que vem ao Rio de Janeiro, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Os líderes das entidades garantem que as diferentes concepções de crença não vão provocar atritos, mas sim reforçar o diálogo e a tolerância entre as diversas religiões. Até a primeira semana de julho, mais de 300 mil pessoas já estavam inscritas para participar do evento, que acontece entre 23 e 28 de Julho.
Com o altar que inclui Jesus Cristo, rodeada de estátuas de Santos e Pretos Velhos, a sala principal da Casa Irmandade Batuíra e Pai Miguel das Almas, em Anchieta, subúrbio, será,  por uma semana, a morada de 10 jovens. O coordenador do espaço, o ex-seminarista Sebastião Mauro de Sá, 62 anos,  acredita que não haverá preconceito.
 - "Eu vou acolher independente da religião, não tem diferenciação. O peregrino vem com o objetivo dele, de ver o papa e participar de uma ação. Eu, no meu espaço, vou abrigar apenas, não vou discutir religião." Diz Sebastião, que frequentou o Seminário São José por oito anos, até seguir o Candomblé.

Sincretismo Religioso
O Centro Cultural Afro Ojuobá Axé, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, vai receber 70 jovens. A diretoria da instituição, Luanda Guimarães, conta que o sincretismo religiosos faz parte do local.
 - "Aqui oferecemos aulas de dança, capoeira, e temos frequentadores de várias religiões, como evangélicos, católicos e candomblecistas", conta a baiana, uma das fundadoras do bloco Ilê Ayê.
O Pastor Silas Esteves, da Igreja Evangélica Palavra Viva, vai receber uma família italiana no loteamento mantido pela congregação, em Niterói, na Região Metropolitana. Esteves, que também e professor de teologia da Shiloh University, nos Estados Unidos, acredita que o discurso do Papa no Brasil terá como tema a união.

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