sábado, 20 de abril de 2013

O que é Obsessão? - por Heloísa Ignacio


Do latim, obsessione, a palavra obsessão significa: impertinência, perseguição, vexação; Preocupação com determinada ideia, que domina doentiamente o espírito, e resultante ou não de sentimentos recalcados; ideia fixa; mania.
Normalmente o termo obsessão é usado como significado de ideia fixa em alguma coisa, como a definir um estado mental doentio.
Após a Codificação Espírita, esta palavra ganhou um significado mais profundo:
A obsessão é a ação persistente que um Espírito mal exerce sobre o individuo. Apresenta-se caracteres muitos diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a pertubação completa do organismo e das faculdades mentais.
Com esse conceito, Kardec,  aproveitando o significado vulgar, aprofundou-o mostrando as suas causas. Temos então que a obsessão é um distúrbio mental gerado por influência negativa dos Espíritos, tendo suas causas no passado culposo da criatura através de comportamentos distantes da moral.
O Espírito Manoel Philomeno de Miranda chega a afirmar que somente há obsidiados porque há endividados espirituais.
Segundo Emmanuel, a obsessão é o equilíbrio de forças inferiores, retratando-se entre si. E continua: Fenômeno de reflexão pura e simples, não ocorre tão somente dos chamados mortos para os chamados vivos, porque, na essência, muita vez aparece entre os próprios Espíritos encarnados a se subjugarem reciprocamente pelos fios invisíveis da sugestão.
Com isto, nosso querido mentor nos alerta que a obsessão é um processo de sintonia, e sempre de forma bilateral, porque é sustentada um por intercâmbio que funciona tanto de lá pra cá, como de cá para lá.
Nesta mesma iluminada página Emmanuel diz que:
Toda obsessão começa pelo debuxo do pensamento alheio que nos visita, oculto.
Hoje é um pingo de sombra, amanhã linha firme, para depois, fazer-se um painel vigoroso, do qual assimilamos apelos infelizes.
Desta forma, vemos o caráter gradativo do processo obsessivo, e novamente a importância do "Vigiai e Orai".

Mecanismo da Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda, pela mediunidade de Divaldo P. Franco, informa como se dá o processo obsessivo. Vejamos a narrativa:

Quando o espírito é encaminhado à reencarnação, traz, em forma de "matrizes" vigorosas no perispirito, o de que necessita para a evolução. Imprimem-se, então, tais fulcros nos tecidos em formação da estrutura material de que se utilizará para as provações e expiações necessárias. Se voltar para o bem e adquire títulos de valor moral, desarticula os condicionamentos que lhe são impostos para o sofrimento e restabelece a harmonia nos centros psicossomáticos, que passam, então, a gerar novas vibrações aglutinantes de equilíbrio, a se fixarem no corpo físico em forma de saúde, de paz, de júbilo... Se toda via, por indiferença ou por prazer, jornadeia na frivolidade ou se encontra adormecido na  indolência, no momento próprio desperta automaticamente o mecanismo de advertência, desorganizando-lhe a saúde e surgindo, por sintonia psíquica, em consequência do desajustamento molecular no corpo físico, as condições favoráveis a que os germens-vacina que se encontram no organismo proliferem, dando lugar às enfermidades desta ou daquela natureza.

Variações do Processo Obsessivo

  • Obsessão Simples - Segundo informação dos Espíritos, a obsessão simples é parasitose comum a quase todas as pessoas. Trata-se da simples influência negativa dos Espíritos em nossa vida. Para que isso aconteça, basta que nos sintonizemos com as forças contrárias ao bem, e seja, nos momentos de sono ou vigília, os Espíritos sutilmente nos ditam as regras.
  • Fascinação - É a ilusão produzida pela ação direta do Espírito obsidente, paralisando a criatura obsidiada o raciocínio. Nesse estado, a pessoa absidiada perde a noção do ridículo e do discernimento. O Espírito obsessor lhe espira a agir de determinada maneira em disparate, e para ela, a forma é bem lógica. Ou seja, obsedado nunca acha que esta errado, e tenta provar com todos os argumentos que está certo. É uma das mais graves formas de obsessão.
  • Subjugação - A medida que se agrava o processo obsessivo, a vontade do obsessor vai aumentando o governos das ações do obsedado. A subjugação pode ser moral ou corporal exemplo: Moral - Ocorre quando o invasor domina a moralmente o hospedeiro, levando-o a tomar atitudes comprometedoras. Já não é a vontade deste que comanda, mas o elemento pertubador. Seria como uma fascinação mais agravada; Corporal -  Dá-se quando o Espírito imanta-se a determinada pessoa,  assenhorando-se dos centros das ligações nervosa e a domina fisicamente. Neste estado gravíssimo, a vítima fica inerte, cometendo atrocidades diversas.

domingo, 14 de abril de 2013

Por que Estudar Magia? - por Rubens Saraceni mestre, mago e sacerdote umbandista

O estudo da Magia Divina começou em 1999 e até hoje já iniciou dezenas de milhares de pessoas, que passaram a ter nos seus graus recursos inimaginados por elas.
Desde o seu inicio a Magia Divina surpreendeu a todos pela sua praticidade e objetividade no desencadeamento das ações magicas em benefícios das pessoas necessitadas.
Eu tenho estimulado o estudo dela porque conheço seus resultados benéficos!
Entre as milhares de pessoas que se iniciaram nela, centenas já se formaram magos iniciadores e hoje iniciam outras pessoas, criando uma corrente de transmissão de iniciações.
As pessoas que desconhecem a Magia Divina ou não tiveram a oportunidade de se iniciar nela, afirmo-lhes que iniciar-se e gradua-se diante de Deus e Suas Divindades - Mistério, para servi-lo aqui na terra, prestando aos seus semelhantes um auxilo inestimável, porque todos somos necessitados, em algum momento, do auxilio da magia, seja ele de fundo religioso ou puramente mágico.
Nas religiões, alguns de seus rituais são mágicos, ainda que não sejam entendidos como tal devido todo um cerimonial que reveste esses rituais mágicos.
Não que isso seja errado, e sim, é indispensável para que seus seguidores sejam ajudados de uma forma mais rápida, porque tudo que é gerado de forma negativas pelo seres humanos, por eles deverá ser reparado ou anulado. E isto é o campo da Magia Divina, que nos auxilia na solução desses desequilíbrios, tipicamente humanos.
A experiência de tantos anos de ensino da Magia Divina nos mostrou que os que nela se iniciam desenvolvem uma compreensão melhor sobre o mundo espiritual, também conhecido sobrenatural. Fato esse que anulam em seus íntimos muitos dos temores sobre o  outro lado da vida.
Mas, além disso, as pessoas que se iniciam desenvolvem alguns poderes que as habilitam a auxiliar seus semelhantes, independente da religião que seguem, porque a Magia Divina não interfere na crença religiosa dos que nela se iniciam.
Esses poderes são adquiridos durante as suas iniciações e tornam-se parte do poder pessoal do iniciado, fato esse que gradua e o habilita a prestar o auxilio aos necessitados onde quer que se encontre, sem outras necessidades além dos poderes adquiridos.
A Magia Divina não abre para os que nela se iniciam o lado sombrio ou negativo do submundo astral e, por isso, não tem aplicação destrutiva ou prejudicial a ninguém, podendo ser iniciado nela todas as pessoas que gostam de ajudar seus semelhantes.
O ditado popular que diz isto: - "Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos!" é verdadeiro, assim como também o que nos revela que, para servimos a Deus, temos que nos preparar e nos aprimorar nos seus mistérios divinos, capacitando-os para sermos seus instrumentos aqui na Terra ou depois, no Plano Espiritual.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Perfil do Umbandista do Século XXI - por Rodrigo Queiroz médium e sacerdote umbandista


Eu conheci a Umbanda e desenvolvi minha mediunidade num ambiente comum para a grande maioria da religião. Um ambiente de fé, amor e dedicação, porém com uma dificuldade muito grande de perceber o mundo e sua dinâmica construção como algo que influi em todos nós, bem como na religião que é feito por indivíduos.
A Umbanda surge num período em que era comum a ídeia de que os mais velhos sabem das coisas e que o jovem não deve contestar, pois isso num ambiente social era um desrespeito e num ambiente religioso é heresia.
Carregada de influência Católica e Espírita está cultura de certo modo impositivo era natural na religião e isso pioraria com as influências das Culturas Africana (Candomblé) onde o néofito tem direito e o dever de ouvir, não falar e obedecer.
Todos sabemos que a Umbanda surge de uma maneira "rebelde", lembrando as palavras do Sr.Caboclo da 7 Encruzilhadas, manifestado em seu médium Zélio de Moraes, que ao ser questionado sobre a presença numa "mesa espírita" retruca - "Por que não podem nos visitar estes humildes trabalhadores do espaço, se apesar de não haverem sido pessoas importantes na Terra, também trazem importantes mensagens do além?  Por que o não aos caboclos e pretos velhos? Acaso não foram eles também filhos do mesmo Deus?" e sentencia " - Amanhã, na casa onde meu aparelho mora, haverá uma mesa posta a toda e qualquer entidade que queira ou precise se manifestar, independente daquilo que haja sido em vida, todos serão ouvidos, nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas a nenhum diremos não, pois está e a vontade do Pai".
Diante dessa passagem é inevitável lembrar de Jesus, que ao ser perseguido por pregar diferente dos líderes da sua época defendeu sua verdade até a morte.
Em todo o mundo e em épocas diversas temos histórias como estas que resumem o conflito natural entre gerações, costume, quebra de paradigmas é o processo transitório de renovação dos tempos ou de uma "verdade".
Está introdução é necessária para percebemos que a Umbanda vive hoje e viverá muitas outras vezes algo natural neste plano físico. Estou falando desse período que já vem de uns 15 anos atrás em que a Umbanda, embora cronologicamente muito jovem, vive suas crises e confrontos como as religiões milenares...
Por conta dos costumes antigos exposto acima instituiu-se dentro da Umbanda uma confusa relação entre o jovem e o antigo, entre o mundo externo e o interior do terreiro, entre ser simples e simplório, por dai em diante.
Quando Rubens Saraceni publicou seus primeiros livros ditados por um Preto-Velho e um Ogum ocorreram dois grandes fenômenos, milhares de féis que reconheceram como um importante revelador de questões racionais da espiritualidade Umbandista e também centenas de líderes enraivecido, pois nesta época livros facilmente acessíveis minaria suas estruturas controladoras e manipuladoras das mentes e corações dos incautos fiéis.
Mais de duas décadas se passaram desde que Rubens iniciou sua missão literária que hoje em pleno século XXI os tempos são outros e a cada novo ano muito no mundo se transforma, não estamos mais na era da carroça, estamos na era da tecnologia de informação, da internet, das múltiplas conexões e o fim das distâncias.
Certamente Zélio de Moraes que com os seus 17 anos funda uma religião, jamais podia imaginar que em tão pouco tempo, os tempos seriam outros.
É preciso que sejamos sensatos, razoáveis e conscientes. Toda tecnologia a nossa disposição serve para beneficiar, lembro sempre que tudo que ocorre aqui no plano físico em inovações, invenções e avanços naturalmente é inspirado pelo astral, de modo que não tem nada de errado aliar as diversas ferramentas de comunicação que temos para que se dissemine, expanda e popularize nossa fé e nosso saberes.
Ainda é comum encontrarmos sacerdotes de Umbanda que proíbem seus filhos de santo estudarem, lerem ou pesquisarem sobre a religião, usando do discurso do medo e ameaças das quais estapafúrdias.
Entretanto é impossível, hoje pelo celular qualquer um digitar Umbanda num buscador e será apresentado milhares de links para site e blogs com estudos diversos sobre a religião.
Digite Orixá e você não dará conta de tanta informação que surgirá... Portanto só se engana, se aprisiona ou se mantém na ignorância quem opta por isso. Ainda que existem sacerdotes manipuladores, só é manipulado quem se predispõem.
Quando Rubens Saraceni formatou seu estudos em cursos livres foi outra revolução, não pelo fato do cursos, pois isso já era comum nas capitais, em especial em São Paulo, mas pela maneira arrebatadora como ocorreu, milhares de pessoas convergindo no mesmo lugar para escutar o que ele tinha a dizer, rapidamente ele preparou outras pessoas para continuarem este trabalho e hoje somo centenas de dirigentes instrutores da religião e é impossível mensurar o alcance de tudo isso, sabemos que são outros tempos e a Umbanda está recebendo um novo perfil de religiosos.
Este no perfil é do indivíduo antenado, multimídia, despojado, polivalente e de certa maneira rebelde, pois tem força para confrontar com um padrão de mesmice e ocultação dos saberes para se conectar com uma maneira simples, e tecnológica de acessar e aprender sobre a religião.
Quando criamos o primeiro Colégio Virtual de Umbanda, muitos dos líderes despojados também estranharam e ficaram receosos, mas logo superou, pois é básico saber que estamos num mundo modernamente dinâmico.
Hoje a plataforma Umbanda EAD que é nossa referencia de ensino online da religião, que vem inspirando outros arrojados empreendedores, agrega milhares de Umbandista do Brasil e outros países. Todos conectados com o mesmo propósito, acessar conhecimentos sólidos, metodológico e global acerca de várias temáticas da religião num ambiente de ensino-aprendizagem onde todos colaboram para quem sabe mais ensinar sabe menos.
É um advento, estamos diante o futuro no presente, a educação no mundo vem tomando novas proporções de disseminação, não seria diferente no campo religioso.
O novo perfil Umbandista  não aceita respostas curtas e tampouco omissões, não é admissível respostas clássicas do tipo "não está na hora de saber", pois é claro que na hora certa de saber algo é no momento que surge a dúvida, o movimento de querer aprender, o interesse em saber.
Este novo perfil evita ambientes obscuro, carregado de um clima de mistério, onde o comportamento mediúnico foge do bom senso. Não os agradam líderes que não dialogam que não ensinam rotineiramente, que não orienta. Afugenta-se este novo perfil diante pontuação do tipo "seu guia sabe tudo, você não precisa saber nada". Isso suspende a ideia de evolução, onde cada qual deve cuidar da sua e aprender é o alicerce pra promover a evolução.
Este no perfil do Umbandista é o que vai acolher as novas gerações e garantir num futuro breve o crescimento massivo e ordenado da religião, pois se no passado foi vertiginoso o crescimento da Umbanda pela emoção, seu esvaziamento se deu pela falta de conhecimento.
Por fim esse novo perfil tem um controle melhor do ego e não se envaidece com parcas informações, pelo contrário, tem orgulho em perguntar, satisfação pelo constante aprendizado e por consequência prazer em ensinar. É disso que a educação vive em todas as esferas.
Hoje sabemos que quem não ensina é porque não aprendeu, quem não responde é por que não sabe.
Vivemos num período de transição na Umbanda, de reconstrução, de maturidade e neste novo tempo que urge, não há espaço para charlatões, interesseiros e mercantilista do medo.
O perfil do Umbandista do século XXI é exigente, e disciplinado, comprometido, dedicado, multimídia, consciente, insubordinável e positivamente rebelde, não aceita nada "guéla abaixo".
Que todos nos de gerações diferentes que fazem parte desta fé, possamos nos engajar nesta realidade.

GRANDE ABRAÇO, SARAVÁ!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Incorporação Como Ela se Manisfesta no Médium na Umbanda Sagrada

A "incorporação" se dá através da utilização dos chacra(s) do médium pela entidade. Da certa forma poderíamos comparar à uma espécie de "osmose" entre entidade e médium. Ou como dizem alguns, as entidades irradiam energias sobre determinados chacras de forma a controlar em maior ou menor grau de consciência (numa variação de controle que vai em média de  30% a 80% segundo algumas fontes) tomando assim do sistema fônico, mental e da parte motora do médium, e se faz uso para o seu trabalho. Sabe-se que as entidades desencarnadas precisam de algo que somente o ser encarnado possui, o ectoplasma. E é dele que utilizam para suas comunicações e trabalhos. A grande maioria das incorporações são do tipo semi-conscientes em maior ou menor grau de consciência por conta do tipo de médium/ entidade/ trabalho a ser feito e também, por que não mencionar (?) da paciência de cada um. E que as mediunidades do tipo totalmente inconsciente estão diminuindo cada vez. A cumplicidade é fundamental para melhoria das relações entre médium e entidades e para as resultantes de seus trabalhos, sendo um trabalho de dois,  tenhamos nós médiuns um co-responsabilidade para aquilo que for dito ou feito pelas entidades, já que fazem uso do nosso mental e do nosso corpo. E se para ter uma boa ligação mediúnica é necessário a participação de dois, então para se interromper ou frear uma comunicação indevida, supõe-se que a interferência de um, altere o equilíbrio feral e de alguma forma possa interromper ou reajustar o rumo da comunicação. É o que vulgarmente se chama de "morde a língua" da entidade (ou seja a nossa mesma).
O certo que apesar de ser confuso no inicio do desenvolvimento, deixando dúvidas e incertezas em médiuns, temos que considerar algumas situações: o corpo utilizado pelas entidades, pertence ao médium, logo,  deve ser utilizado pelas mesmas com respeito e cuidado; as situações a que se expõem involuntariamente em alguns casos os médiuns inconscientes não tem lógica de acontecer com os que não são, a menos que esses de-em sua permissão- já vi entidades de médiuns inconscientes fazerem coisas com seus corpos que jamais permitiria que fizessem com o meu; o fato de ser semi-consciente já da ao médium a ideia da co-responsabilidade que ele tem para com o que está sendo feito; é uma ótima fonte de aprendizagem, pois permite ao médium aprender com os ensinamentos passados pelas suas entidades, aos consulentes e deles aproveitar boa parte para o seu próprio desenvolvimento; leva o médium a estudar e aprender mais para compartilhar com suas entidades esses conhecimentos (que elas utilizam de seu mental) de forma a melhorar e ampliar as consultas. É chato ser consciente, nos deixa inseguros, vigilantes sobre nós mesmos, responsáveis pelos resultados, sem a desculpa deliciosa de não ver e não saber, ou seja não ter nada a ver com o assunto, sem poder jogar a culpa no outro, coisas, aliás, muito humana.
O Astral Superior, com certeza sabe aquilo que é melhor para cada um. Creio que a tendência é que tenhamos cada vez menos fenômenos físicos, daqueles que foram necessário para provar a existência dos espíritos e cada vez menos dos médiuns inconscientes, o  que forçara os médiuns a participar com algo mais que seu corpo, seu tempo e sua boa vontade terão que participar com a mente, o espírito e a responsabilidade. Terão que estudar e evoluir, sem direito às desculpas referentes à ignorância do que ocorre, seja espiritual, seja  cultural/intelectual. É uma maneira de forçar o ser a evoluir. Nós evoluímos, as nossas entidades também, nada é estático, por isso devemos perceber que muitas mudanças já ocorreram. Mudaram os tipos de problemas que o ser humano tem, também mudaram as necessidades básicas que levam os consulentes ao centro. As entidades se atualizam, seja através do mundo astral e/ ou do conhecimento material que recebem/percebem através do mental de seus aparelhos.
Enfim, não temos o direito de dizer se este ou aquele médium é ou não consciente, essa é uma decisão que pertence à espiritualidade e, quem sabe, fez parte da escolha de cada uma antes de retornar da pátria espiritual.
O que realmente podemos fazer é cuidar muito bem de nossas responsabilidades mediúnicas e auxiliar nossos irmãos, seja qual for seu tipo de mediunidade a caminhar e cumprir suas missões, se não conseguirem compreender o todo, ao menos que possam sentir-se o melhor possível, o mais confortados e apoiados em sua jornadas.
Mediunidade, entidades, médiuns, não há que se dizer que esse é melhor que aquele, até porque esse é um julgamento que não nos pertence. 

sábado, 6 de abril de 2013

Bater Cabeça na Umbanda Sagrada, história, significado... e por que fazemos isso! - por Mãe Mônica Caraccio - sacerdotisa umbandista



Nós, umbandistas, herdamos dos povos Africanos a representação do solo como a morada dos antepassados. Para eles, os Orixás são antepassados divinizados, ou seja, pessoas e anciões que imergiram na terra e se tornaram Orixás, portanto, para cultura Africana o Sagrado está na terra e não no céu como prega a cultura européia. Além disso, sabemos que em determinados momentos da vida escravocrata, os negros enterravam os otás (pedras dos Orixás) e elementos simbólicos de seus Orixás para que não fossem descobertos pelos senhores das fazendas, os quais tentavam de todas as maneiras destruir e descaracterizar a cultura, a crença e as relações humanas desse povo.
Com esse saber, fica fácil compreender que quando "batemos a cabeça" estamos entrando em contato com esses ancestrais e antepassados consequentemente com todo o conhecimento e a sabedoria que esse passado guarda.
Não podemos deixar de lado também, o poder transformador do elemento "TERRA", portanto, ao bater cabeça com os pensamentos firmados na ação e nas forças divinas, naturalmente conseguimos descarregar todos os pensamentos negativos e atuações negativas, que por ventura esteja envolvendo nosso mental. Melhor ainda acontece quando temos a oportunidade de deitar no chão ao bater cabeça, nessa ocasião, a descarga acontece também no sentido emocional e em todos os nosso chackras afinal eles também entram em contato com a terra.
Quando batemos o lado direito, entregamos nossa coroa para as Entidades Espirituais da Direita, quando batemos o lado esquerdo, a entrega é para as Entidades Espirituais da Esquerda, já a testa representa entrega total, a entrega da nossa coroa a todas as forças assentadas e representadas no altar, batemos a cabeça por questão de respeito e obediência com os Orixás e com nosso Pai Oxalá que está acima no altar.
É nesse momento que estas entidades, de forma pontual, sutil e grandiosa, cruzam nossas costas firmando-nos e protegendo-nos qualquer energia negativa se afaste do médium dando toda a sustentação para o trabalho espiritual.
Também sabemos que em muitos Terreiros são usados elementos para que esse ritual aconteça com supremacia, a exemplos de casas que usam "toalha" que representa, entre tantas outras coisas, a proteção do nosso Pai Oxalá,o acolhimento a pureza. Outras vezes o Pai de Santo risca um ponto para que o ritual aconteça com uma espécie de ação magistica realizadora e religiosa.
Há também aqueles que firmam a corrente com cânticos representativos e emocionante, estimulando o lado "emocional e vibratório da corrente".

Por que desenvolver-se Mediunicamente? por - Marcel Surya


Na vida em todos os sentidos, temos que nos aprimorar para sempre evoluirmos. Desenvolver  significa desdobrar-se, aprimorar, polir, fortalecer algo que queremos fazer melhor do que fazemos no presente.
Desenvolvimento mediúnico sempre esteve presente em todos os Terreiros de Umbanda de uma forma direta ou indireta. Tendo um dia especifico, ou mesmo nos dias de trabalho, o médium de Umbanda passa por essa etapa de conhecimento de seus Guias, Mestres e Mentores, assim passa a conhecer Orixás e todo o sistema de trabalho que nossa religião executa com mestria e com muito Poder.
O médium passa a conhecer também um Deus de Amor, de Liberdade e de Caridade, Pai Olorum! E com muito amor, vai trilhando seu caminho espiritual e sentido o poder dos Orixás em sua vida, abrindo seu mental e sua alma para os mistérios e iniciações da Sagrada Umbanda.
A mediunidade independente de religião, todas as pessoas nascem com dons mediúnicos, umas mais afloradas e outras mais retraídas, mas todos com os seus canais para o Sagrado.
Desenvolver mediunicamente é muito mais do que incorporar, é um auto-conhecimento que leva à evolução, ao equilíbrio e a paz, pois coloca todos os seus dons alinhado e ativos conforme o tempo de desenvolvimento e a vontade do médium em crescer e evoluir.
O desenvolvimento acontece sempre que cada médium se aprimora em seus dons, entende com segurança que tudo que o cerca no momento dos trabalhos são poderes de DEUS a sua disposição para que ele possa fazer um trabalho digno, eficaz e muito poderoso. Mas o principal foco do desenvolvimento é o auto-aprimoramento, o auto-conhecimento e o médium tem que ter em mente e corpo, mente e espirito devem andar juntos, e sempre em evolução.
Não é só incorporar Guias que o médium consegue desenvolver-se mediunicamente e muito menos, só incorporar para atender as pessoas. O médium deve saber que, quando se desenvolve mediunicamente, é um caminho interno, um mundo pessoal e cheio de possibilidades, que na verdade são limitadas, para que ele, nesta encarnação, evolua de uma maneira constante e distinta.
O trabalho de um Terreiro de Umbanda é consequência de seus trabalhos feitos internamente no decorrer desse seu processo de desenvolvimento mediúnico, sem pressa, sem afobação, perdendo a insegurança comum a todos no começo desta caminhada sagrada e com muita simplicidade. Axé!

Qual o fundamento do altar na Umbanda Sagrada - por Mãe Mônica Caraccio sacerdotisa umbandista



O Altar é um ponto de força e deve ser firmado e assentado corretamente, pois é o meio pela qual as irradiações divinas alcançarão todos os fieis diante dele. A principal função do altar é criar um magnetismo, uma ligação entre o "céu e a terra", e é através dele que as irradiações verticais divinas - DO ALTO - descerão até o altar e se espalharão no horizontal ocupando todo o espaço destinado ás praticas religiosas. Os fundamentos específicos de um altar só podem ser explicados por quem o fez, mas o fundamento divino de sua existência em um templo é que  quando nos colocamos respeitosamente diante dele, estaremos bem próximos de Deus e suas Sagradas Divindades.
As imagens que encontramos nos altares dos centros de Umbanda têm a função de impor um respeito único aos frequentadores induzindo uma postura respeitosa, silenciosa e reverente. As imagens apenas representam os Orixás, uma vez que muitos utilizam o sincretismo religioso, uma unificação através da semelhança entre as características de um Orixá e as de um Santo Católico. É claro que Ogum não é o São Jorge apenas assemelha a ele uma qualidade guerreira e Oxalá não é Jesus Cristo apenas traz o mesmo sentido de paz, compreensão, amor incondicional, e assim segue parar todos. Orixá não é santo, pois santo foi um espírito humano que viveu no plano material e por boas atitudes foi canonizados pela Igreja Católica e também não é anjo, pois anjos é um mensageiro de Deus. Orixá é divindade de Deus, ou seja, é um ser Divino e um mistério de Deus, é uma exteriorização e representante exclusivo de Deus.
Por isso entendam: Orixá nunca encarnou, portanto não é santo, nem da consultas, Orixá não é mensageiro de Deus mas sim representa suas qualidades, atributos e sentidos. Orixá vem da cultura Africana Nagô - Yorubá. São divindades criadas a partir de Olorum que é o Deus Supremo onipresente, onipotente e onisciente. Umbanda cultua Orixá através de suas qualidades, elementos e mistérios.
Umbanda é e esta na Natureza e em seus elementos naturais. Por isso melhor que ter imagens no altares, é ter elementos naturais que representam os Sagrados Orixás, ou seja, trazer a força da natureza, "da Umbanda", para dentro de nossa casa. Esses elementos podem ser as águas minerais ou cristalinas, as ervas flores e plantas, as pedras ou inúmeros mineiros, como também instrumentos simbolizando a força e o mistério do Orixá. Vejam alguns exemplos de elementos que você pode colocar em seu altar de forma simples, bonita e muito poderosa.
  • Oxalá - Cristal transparente, taça de inox ou copo de vinho branco ou água mineral, girassóis, trigo.
  • Oxum - Pedras com quartzo rosa, ametista, pirita, água doce de rio ou de cachoeira, rosas (geral), flor chuva de ouro.
  • Oxossi - Pedra com esmeralda ou quartzo verde, ervas como guiné, alecrim, espada de Oxossi, copo de vinho, cipó..
  • Xangô - Pedras de otá ou jaspe, espada de Xangô, machados, cerveja preta.
  • Ogum - Pedras como granada ou rubi, cerveja clara, espadas, lanças ou escudos de ferro, espadas de São Jorge.
  • Obaluaê - Pedras como ônix ou turmalina preta, taça de vinho tinto ou água mineral, crisântemo, palhas da costa com búzios.
  • Iemanjá - Pedras como água-marinha ou madre-pérola, água do mar, estrela do mar, conchas, rosas brancas, alfazemas.

Não podemos esquecer também as velas em nosso altar, pois vela é um mistério usado por todas as religiões do mundo. Quando é ativada religiosamente, se torna um poderoso elemento mágico, energético e vibratório que atua no etérico de quem recebe sua irradiação ígnea, elas tem o poder de consumir as energias negativas que são descarregadas pelos frequentadores do templo.


quarta-feira, 3 de abril de 2013