domingo, 31 de março de 2013

23 de Abril - Data festiva do Orixá Ogum - Guardião da Lei Maior Orixá da Guerra



Pai Ogum é a Divindade que está assentada no polo positivo (irradiante) da linha da Lei. Representa a Ordenação Divina, o Governo da Lei Maior em toda a criação.
Suas irradiações contínuas amparam e sustentam aqueles que vivem dentro da Lei e da Ordem Divinas e também socorrem aos que necessitam desse amparo.
Ogum é a Lei, cujo simbolo é a espada, que por sua vez representa o caminho reto, a retidão de caráter, a honra a honestidade. Perante a Lei não existe "mais ou menos", não se pode ser "mais ou menos honesto", ou se está no caminho reto, respeitando a Lei Divina, a si mesmo e ao próximo, ou não se está. Por isso se diz que os filhos de Ogum são taxativos, não hesitam em "comprar batalhas" para defender os amigos e aqueles que agem com respeito à Lei de Deus e ao próximo, mas se afastam dos que agem com desonestidade e deslealdade.
Ogum é o Sr. dos Caminhos e realiza a abertura de caminhos, a ordenação, o afastamento da desordem e do caos, o corte das atuações negativas, mas tudo a partir do equilíbrio íntimo dos seres perante a Lei Divina.
A primeira "batalha" que Pai Ogum nos ensina a realizar é vencer os vícios e a desordem interna para que, uma vez equilibrados, possamos atrair situações e relacionamentos ordenados, livres da desordem que nasce do desrespeito à Lei Maior e á Justiça Divina.
Lei e Justiça são interligadas, não se pode obter o amparo da Justiça Divina sem viver em obediência com as Leis da Criação. O dragão subjugado por São Jorge e por Miguel Arcanjo, que sincretizam com Ogum, representa exatamente o trabalho pela vitória sobre as nossas trevas interiores. O dragão é um simbolo da maldade, dos vícios, das negatividades, do ego exacerbado  da vaidade extrema, da ganância etc. Vencendo "o dragão", sob o amparo de Ogum, nos habilitamos a atrair situações favoráveis, sob o amparo da Lei.
Porque a Lei atua sem cessar, irradiando-se para toda a criação. Sintonizados com a Lei, alcançamos o amparo da Lei e da Justiça do Criador. Então, os inimigos terão olhos, mãos, pés e armas, mas não conseguirão nos enxergar, não poderão nos tocar e nem nos alcançar ou ferir, como diz um ponto cantado.
Seu primeiro elemento de atuação é o Ar, e o 2º elemento é o Fogo.
Na Linha pura da Lei Ogum faz par com Iansã, ambos atuando pelo elemento Ar.
Também faz parte com Egunitá, a Mãe do Fogo e da Justiça Divina, aqui formando com ela uma  linha polarizada ou mista Lei/Justiça, pelos elementos AR/FOGO.
Nos elementos Ogum é o AR que refresca e a brisa que acalenta.
Na Lei, Ogum é o principal ordenador inquebrantável.
Na Criação Divina, Ogum é a defesa de tudo que foi criado, é a defesa da vida.
Na irradiação da Lei, Ogum é passivo, pois seu magnetismo irradia-se em ondas retas, em correntes contínuas, e seu núcleo magnético gira para a direita (sentido horário).
Seu Fator Ordenador nos ajuda a vencer nossas trevas e bloqueios interiores (as verdadeiras demandas) e nos protege dos obstáculos externos, quando vivemos de acordo com os ditames da Lei Divina.
Ogum é a Lei reta, é a vida reta. É associado a Marte e ao número 7.
Na Bahia Ogum sincretiza com Santo Antonio de Pádua. Nos demais estados brasileiros é sincretizado com São Jorge Guerreiro e celebrado em 23 de Abril.

sábado, 30 de março de 2013

Ritual de Fechamento de Corpo na Umbanda, e qual a sua função - por Danilo Lopes Guedes


Vamos esclarecer o termo e o funcionamento do Rito que é feito para o fechamento de corpo, lembrando que esse ritual é feito geralmente em uma sexta-feira santa.
O rito para o fechamento de corpo, como o próprio nome diz tem a intenção de Fechar, Trancar, Bloquear, Impedir e Dificultar que qualquer maldade ASTRAL tenha acesso ao nosso perispírito ou atingir nossas estruturas espirituais. Isso não quer dizer que uma pessoa que passou por um Rito de fechamento de corpo está totalmente impune de qualquer ato de maldade ou de algo chamado fatalidade. Mas, como este trabalho, a intenção é no minimo reduzir o impacto que poderíamos sofrer no caso de uma atuação ou mesmo de uma fatalidade.
Então a frase "eu tenho o corpo fechado" não quer dizer que se tornou de aço, que a partir de hoje lhe foi posto uma superproteção, praticamente você pode levar um tiro que não vai acontecer nada. Não quero deixa-lo (a) triste, mas vai sim, se alguém com uma boa mira atirar em você, vai te acertar e dependendo do caso você poderá ate mesmo desencarnar.
A proteção é para o lado astral, claro que o astral ou o espiritual reflete na nossa matéria, no nosso corpo carnal, então a ideia é que com a máxima proteção espiritual a nossa parte material, também tenha um pouco a mais de proteção. Mas não podemos aceitar isso como uma regra e que nada, absolutamente nada, nos fará mal. Sim, pode sim, tudo dependerá do que deve passar e o porque deve passar.
O rito de fechamento de corpo é praticado dentro de nossos Terreiros, é uma cultura antiga e alguns hoje em dia não tem o costume da realização desta pratica e outros nem conhecem apenas ouviram falar. Este ritual deveria ser praticado não apenas na sexta-feira santa, mas umas duas vezes ao ano, no minimo, porque é uma proteção que se agrega ao nosso corpo espiritual e que com certeza dificultara a ação de Demandas, Trabalhos ou Espíritos sem Luz que queiram nos prejudicar.
Geralmente são praticados por entidades de Umbanda ou de Candomblé, onde são utilizados elementos como: CHAVE, PEMBA (BRANCA), ERVAS, AZEITE, CORRENTES, PATUÁS, REZAS, ORAÇÕES, VELAS, ÁGUAS, CONCHAS, CORRENTE DE AÇO, ALHO, etc. Cada Guia/Entidade terá a sua particularidade e forma de manipular os elementos físicos para a proteção astral.
Não existe meio correto de utilização, não existe receita de bolo e nem uma regra, até porque cada caso é um caso, onde uma pessoa necessita mais de um fechamento de corpo de sentimentos (angustias, magoas, etc.), pois por ser uma pessoa muito sentimental se abala com mais facilidade do que o outro, então cada caso deve ser avaliado com cautela e, isso, quem determinará sera o Guia que está realizando o Rito. Todos os elementos de trabalho que serão utilizados durante o fechamento de corpo deverão ser "cruzados" ou "abençoados" na força de um Orixá, geralmente efetuamos este processo de "cruzamento" ou de "benção" na força de Pai Ogum, o Sr. do Metal, o Sr. Das Lutas e das Batalhas, para o corte de demanda, é o Sr. da Proteção Suprema dentro da Lei. Mas nada impede de que na sua casa, onde a força maior e regente é de Omulú, você pode cruzar os elementos na força do Sr. Omulú. Lembrando que o Sr. Omulú responsável pelo fim, logo a imantação dos elementos será com o pedido de FINALIZAÇÃO de todas as demandas. Então porque não imantar ou cruzar os elementos na força de Pai Omulú. É um grande Pai e sua força é tão grande quanto à de Pai Ogum, responsável por abrir os caminhos do bem e fechar as portas da maldade.
Com relação aos elementos que serão utilizados em seu fechamento, eles podem ter inúmeras formas, por exemplo, uma pessoa necessita de um fechamento de corpo contra Vampirismo Astral então utilizamos o Azeite consagrado juntamente com o dente de Alho, no caso de um fechamento de corpo contra atuação das energias negativas que assombram durante a noite, podemos fazer um fechamento de corpo com velas, etc.
Então conforme o tipo de fechamento de corpo que será aplicado existirá um elemento que poderá ser consagrado ou utilizado com mais intensidade do que simplesmente a utilização das Chaves.
Tudo isso acompanhado de Rezas e Orações, com elementos já consagrados.
Vale lembrar que ter o corpo fechado não significa que seremos supremos, imortais invencíveis ou até mesmo a prova de bala. Ter o corpo fechado é ter o corpo equilibrado com determinadas proteções que serão instaladas em seu Corpo Astral, onde dificultará o acesso de espíritos negativados ou de demandas que lhe foram direcionadas, por isso, que  o trabalho para o fechamento de corpo deve ser praticado algumas vezes durante o ano, para renovação da proteção e também para fortalecimento do seu espírito.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Aparência dos Espíritos: Corpo Plasmático e Formas Plasmadas - por Carla Guedes





A aparência dos espíritos é algo que intriga a todos. Então hoje aqui falaremos um pouco sobre o "CORPO PLASMÁTICO E A SUAS FORMAS PLASMADA".
Para começar, temos que explicar que todos os espíritos possuem um corpo forma por plasma. E o que é o plasma? 
O plasma é a condensação de várias energias cristalizadas em diferentes quantidades. Assim temos o corpo plasmático, que envolve nosso corpo energético, pois forma um envoltório em todo ele, protegendo-o de energias prejudiciais.
Nos espíritos encarnados ele é um dos fatores que nos permite reduzir ao tamanho de um feto para encarnar. Ele nos reveste junto à epiderme (primeira camada do tecido epitelial) e vai crescendo conforme nosso crescimento.
Aproveitando o gancho, os nossos Guias Espirituais não são da nossa estatura, são muito grandes, pois o corpo plasmático permite que eles expandam o seus tamanho.
Os regentes dos pontos de força têm o tamanho exato do ponto de força que regem. Por exemplo, o regente de uma montanha tem o seu corpo espiritual do tamanho da montanha.
Voltando a falar sobre espíritos encarnados, o nosso corpo plasmático muda a cada ciclo reencarnatório. Assumimos a aparência do corpo da ultima vida. Uma pergunta que costumam muito me fazer é a seguinte:
"Quando faço uma viagem astral minha aparência é a mesma, ou meu espírito tem uma aparência diferente do meu corpo físico?"
A aparência é a mesma do corpo físico, até nos mínimos detalhes. Até uma simples cicatriz que adquiriu é impressa no seu corpo plasmático/espiritual. A única diferença é que seu corpo plasmático revela aquilo que não aparenta no seu corpo material: os seus vícios e virtudes. Uma pessoa que vibra sentimentos negativos pode atrofiar ou deformar um "órgão" do seu corpo energético, e as consequências disso podem ser uma doença no corpo material (ex: câncer).
Relatando uma experiência minha para ilustrar o texto, em projeções astrais já vi seres com órgãos sexuais danificados, pois possuíam desequilíbrio sexuais.
Também já vi casos de pessoas cegas, pois seus olhos espirituais estão completamente danificados, porque não deram bom uso à faculdade mediúnica de "clarividência".
Voltando ao texto, existem pessoas que embora sejam jovens, possuem o corpo plasmático com aparência muito envelhecida, pois se sentiam velhas e não se permitam aproveitar a jovialidade. O contrário também acontece: pessoas envelhecidas na matéria, porém jovens em espírito. Dai a expressão "Eu sou jovem de espírito". E a frase popular: "Bonita por dentro e fora" também se aplica, pois existem pessoas que têm a aparência espiritual tão bonita quanto a material. Em contraparte também encontramos um corpo material bonito acomodando um espírito de aparência terrível, devido aos inúmeros desequilíbrios. Porém, o corpo energético pode se regenerar conforme vai se desenvolvendo o processo de conscientização do ser.
O corpo espiritual por ser feito de plasma permite que sua forma seja alterada, e que o ser assuma uma FORMA PLASMADA conscientemente ou inconscientemente. Existem seres que estão tão negativados, presos em faixas vibratórias negativas onde se encontram seres bestializados, que possuem uma aparência animalescas. Alguns são metade cobra, aparência de morcego, rato, cão... etc.
Isto ocorre pois eles precisam conseguir se preserva e se adaptar ao meio onde vivem, que é o astral negativo mais denso. Eles se encontram presos a estes plasma, é uma forma inconsciente.
Uma forma consciente, é que conforme vamos despertando nossa memória espiritual e expandindo a nossa consciência, podemos escolher uma das aparências que possuíamos em nossas encarnações.
Um exemplo sutil de alteração de aparência: Nós vemos, quando vamos visitar as faixas negativas alteramos a cor dos nossos olhos para "vermelho", para nos adaptarmos ao ambiente de pouco luminosidade.
No ritual de Umbanda, os Guias Espirituais plasmam uma forma parecida com a do chefe de sua falange. Todos ostentam uma forma parecida. É uma imposição da Lei regentes dos mistérios que eles abandonem a sua forma individual e passem a ter uma forma coletiva, anulando sua identidade.
Exitem mistérios que só podem ser ativados se assumir a forma plasmada a hierarquia que o acolheu, instruiu e preparou;

PARA FINALIZAR: Cuide da sua aparência física, mais não deixe de atentar para sua aparência espiritual. Não adianta de nada ser vaidosa/vaidoso, se você tem um corpo espiritual apodrecendo. Vigie o seu mental, suas atitudes, sentimentos e pensamentos.

Saravá!

quarta-feira, 27 de março de 2013

OS MANDAMENTOS DE UM MÉDIUM UMBANDISTA - por Rubens Saraceni - Mestre, Mago, Sacerdote Umbandista e Médium


  1. Amar a Olorum acima de todas as coisas. Aos Orixás e a Umbanda acima de todas as outras religiões.
  2. Vestir a roupa branca e incorporar seus guias só no seu centro.
  3. Não ficar visitando outros centros em vão, ou seja, só por curiosidade.
  4. Se visitar um centro, entrar em silêncio, assistir aos trabalhos, tomar passe e sair em silêncio.
  5. Não comentar ou criticar as práticas alheias, sejam elas do seu agrado ou não, concorde com elas ou não, porque elas não são suas e sim, deles.
  6. Não fazer comentários desairosos sobre os cultos e trabalhos realizados em outros centros de Umbanda.
  7. Não copiar fundamentos alheios e manter-se fiel aos da Umbanda.
  8. Não profanar o que é sagrado e não sacralizar o que é profano.
  9. Cuidar da sua mediunidade e deixar a dos seus irmãos de fé, que os Pais e Mães Espirituais e os guias deles cuidarão.
  10. Não emitir opiniões sobre o assunto religioso que não conhece em profundidade ou sobre o qual sequer conhece.
  11. Não imitir e não invejar os trabalhos e as forças espirituais dos seus irmão de fé.
  12. Se, por alguma razão, não se sentir satisfeito no centro que está frequentando, peça licença para se afastar dos trabalhos, mas guarde só para você as razões do seu afastamento.
  13. Se saiu do centro em que frequentava, não fique criticando-o ou ao seu dirigente porque, por certo tempo, tanto o centro quanto seu dirigente lhe foram úteis e o ampararam.
  14. Não faça comentários sobre os trabalhos realizados no seu centro para pessoas que não o conhecem ou não participam do dia a dia dele e do que nele é realizado.
  15. Não fique procurando ou pondo defeitos em seus irmãos de fé, e sim, procure-os em si e tente livrar-se deles antes que descubram que não és o "ser perfeito" que aparenta ser.
  16. Lembre-se disso: - "Todos possuem defeitos e imperfeições, mas cada um só deve cuidar dos seus".
  17. Trabalhe a favor e no beneficio do crescimento do seu centro e nos dos seus irmãos de corrente, que toda a corrente trabalhará no seu beneficio e no das suas forças espirituais.
  18. Cada centro tem seus fundamentos, e os do seu não são melhores ou mais poderosos que os dos outros. Apenas diferentes!
  19. Faça a caridade, seja ela espiritual ou material, sem esperar nenhum tipo de recompensa, pois faze-la esperando algo em troca não é caridade, e sim, troca de benefícios.

domingo, 24 de março de 2013

Não vamos fazer de nosso Terreiro, Casa de Santo... “Porta da Rua, Serventia da Casa”

Por – Rodrigo Correia dos Santos, médium e sacerdote umbandista.

Já ouvi muitas pessoas dizerem essa expressão, fico triste independente da ocasião. Na Umbanda ouvimos muito essa expressão, mas será que isso é certo? Não está na hora de mudarmos essa maneira de trabalharmos dentro de nossas casas, nos sacerdotes umbandista não podemos ver os médiuns apenas como números ou como cifras para manter a estruturar de nossas casas e sim como pessoas.
O sacerdócio ensina que nós pelo fato de estarmos de frente para o altar e os médiuns da casa, isso não dá o direito de ser- mos totalmente o dono da verdade e temos que parar com determinados pensamentos conservadores. O mundo está mudando a todo momentos, e nos umbandista temos a obrigação de acompanhar essas mudanças e adaptarmos a elas, na forma de pensamento e de trabalharmos em nossos Terreiros, Casa de Santos.
Temos a obrigação de estimular os médiuns ao conhecimento sobre a nossa religião, ensinar o respeito ao próximo e fazer que dentro de um terreiro
seja- mos uma família de verdade.
Com o respeito, harmonia e amor ao próximo todos possam crescer juntos, a casa cresce e os médiuns também crescem em perfeita vibração.
Muitos sacerdotes encaram suas casas como “empresas” visando o lucro ($), e não dando tanto importância ao conhecimento e técnicas para evolução de seus médiuns, e vendo elas apenas como números.
As casas que tem esse tipo de pensamento, sempre vivem em oscilação energética e mudanças corriqueiras entre os médiuns (não parando ninguém).
Claro que devemos ter os recursos financeiros para manter uma casa, hoje existem vários recursos, ex: festas, gincanas, cursos, celebrações, almoços e bingos procurando interagir junto a sociedade.

“Médiuns e sacerdotes umbandistas vamos ser mais humanos, em relação às pessoas que estão ao nosso lado... trilhando nesse caminho da espiritualidade e evolução”.

Comemoração da Festa de Ogum na Mooca


sábado, 23 de março de 2013

Organizações Trevosas - por Sebastião Gonzaga


Primeiramente queremos desmitificar o conceito imposto perante a palavra "Egun". Esta palavra tem um significado simples e único, o qual significa espírito, ou seja, todo e qualquer espírito. Infelizmente por alguns praticantes da Umbanda "Egun" é sinônimo de espírito sofredor ou zombeteiro, isto acontece por ignorância, pois o que define o espírito é o grau de evolução, por tanto um "Egun" (espírito) pode se encontrar nas trevas da ignorância, vindo a ser por exemplo, um quiumba como também pode se encontrar em ascensão na Luz, representando a figura de um Preto-Velho dentro da Umbanda Sagrada.
Tendo esclarecido o conceito da palavra "Egun", voltaremos a expressar a palavra espírito, para dar as classificações que estes possuem nas trevas da ignorância. 
Podemos começar falando de Espíritos Errantes - o qual são espíritos que ao desencarnar ficam a vagar pelas paragens dos Umbrais ou normalmente pela Crosta Terrestre, na volta de encarnados, de familiares, em locais que costumava frequentar e etc. Isto ocorre pois em vida eram pessoas sem conhecimento sobre a espiritualidade, sem interesse no assunto, pouco ou muito materialista, que muitas vezes nem sabem que desencarnaram, vindo a ocasionar o mal sem mesmo saber, na maioria das vezes estes são resgatados por grupos de espíritos socorristas, mas na pior das hipóteses são feitos de escravos ou ferramentas na mão do astral inferior.
Espíritos Sofredores -  são aqueles que sabendo ou não que desencarnaram, se mantêm presos a emoções e energias de baixa vibração se de caráter depressivo, revoltoso, paixões e vícios carnais, traumas com acidentes, dentre outros. Eles podem ficar aglutinados em grandes quantidades somente em um local, onde se formam os chamados Umbrais que podem ser o estado mental, e até mesmo um local no astral inferior próximo a Crosta Terrestre.
Tendo em vista estes esclarecimentos a respeitos desses espíritos, podemos falar dos Bolsões Espirituais, que são o agrupamento de espíritos atraídos por uma mesma problemática, ou seja, afinidade vibratória, onde na espiritualidade semelhantes atrai semelhantes. Estes Bolsões podem ser manipulados pelos Guardiões e Boiadeiros, para serem resgatados ou mudados de lugares, mas também são comumente usados pelos Quiumbas e Magos Negros, com o intuito de se aproximar dos bolsões de seus alvos (encarnados), para afetarem seu campo energético.
Espíritos Zombeteiros - são grupos de espíritos que se divertem fazendo brincadeiras de mal gosto, trazendo medo, a descrença, o caos em grupos, o desequilíbrio  apenas para satisfazer a sua malícia, são espíritos que não são comprometidos com a maldade, mas não trazem ética ou moral espiritual.
Espíritos Vampirizadores - é a nomenclatura usada para classificar toda uma espécie de espíritos especializados em absorver  as energias etéricas de seus alvos, sendo contra-parte etérica de um encarnado, como também na de um desencarnado  e até mesmo nos restos de um corpo etérico em processo de dissipação de um recém desencarnado, vemos isto com muita frequência acontecendo nos cemitérios os quais não possuem um alto nível de proteção. Estas entidades são muito vistas também nas famosas "baladas", onde exímia em induzir e influenciar os encarnados ao uso de drogas, consumo de álcool em excesso, erotismo e sexo desenfreado, vampirizando assim juntamente das energias liberadas durante estes atos a mesma carga emocional que estes sentem, assim estas entidades conseguem reviver os prazeres carnais que estando em corpos espirituais, não podem sentir. Muitos desses seres vampirizadores não sabem que são peões em meio a um jogo muito maior do que imaginam, pois ão utilizados como ferramentas para a coleta de energias para os Magos Negros concretizarem e arquitetarem seus planejamentos sombrios, contra a evolução da humanidade.
Espíritos denominados Quiumbas - são espíritos levianos, ou seja, descomprometidos com todo e qualquer  principio moral ou lei, tem total conhecimento do que é certo e errado, bem e mal, mas faz o que acha melhor para nutrir seus vícios, paixões e desequilíbrios  atuam normalmente como mercenários, visando somente o próprio ganho não importando a quem virá prejudicar. São estes que na maioria das vezes incorporam nos ditos "Terreiros de Umbanda", que de Umbanda só tem o nome, o qual desrespeitam, deturpam sua imagem, e a dos Guias e do rela objetivo que têm esse linda religião, a nossa amada Umbanda Sagrada. Nestes Terreiros, a caridade é vendida por meios de consultas particulares, e pagas a preços exuberantes, onde os "trabalhadores" se revestem de jóias e roupas luxuosas, agem promiscuamente, querendo posições de prestígio, onde os "Guias" incorporados nos médiuns fazem beberagens, se insinuam ao frequentadores, praticam magias negras, sacrifícios  e outras coisas que nem valem ser citadas. Na sua totalidade estes Quiumbas são ferramentas afiadas pelo Magos Negros, que coordenado estes terreiros formam cada vez mais estas usinas de energias de baixa vibração, os quais  vendo do ponto da espiritualidade funcionam energeticamente como buracos negros, de energias tão densas que aos olhos dos clarividentes parecem pixé.
Cientista do Astral Inferior - são espíritos que atuam diretamente sobre o comando, e em "parcerias" com os Magos Negros, onde seus laboratórios fazem pesquisas para desenvolver tecnologias parasitárias ou técnicas energéticas que são utilizadas pelos Magos Negros. Estas tecnologias ão testadas com cobaias, estas que podem ser espíritos em grande regressão espiritual, espíritos desencarnados e escravizados, como também espíritos de encarnados que em desdobramento (estado de sono), são sequestrados devido a sua baixa vibração, e muitas vezes até hipnotizados para servirem de cobaias neste laboratórios. Estas tecnologias energéticas e parasitárias desenvolvidas, quando em utilização dos seres encarnados, provocam sérios desequilíbrios energéticos, mentais, emocionais, onde tudo isso acarreta o corpo físico, provocando uma séries de doenças que muitas vezes a medicina terrena não consegue achar sua causa, estas problemáticas se encontram dentro das ditas obsessões complexas.
Trataremos rapidamente de uma classe de espíritos denominados Sombras - são seres de um grande potencial militar, onde são totalmente hipnotizados, para fazerem a guarda das cidadelas onde reinam os Magos Negros.
Magos Negros -  são espíritos exímios no poder mental e na manipulação de energias densas, que detém vasto conhecimento sobre a mente humana, assim sabendo influencia-la  de diversas maneiras para o seu deleite, são antigos iniciados (magos) que dedicam todo seu conhecimento magistico para as Trevas. Dirigem todas as classes de espíritos citadas até agora, sendo diretamente ou indiretamente, estes sãos os donos de grandes cidadelas e organizações trevosas, onde cada Mago Negro em seu território é responsável por um tipo de pesquisa e plano efetuado. Estes seres são exímios manipuladores de outros seres, comandam imensas legiões muitas vezes sem que estas saibam para quem servem, tudo isso para botarem em prática seus planos arquita-dos  estes manipulam desde formas de pensamentos, até seres da Natureza (elementais). Constroem verdadeiras cidades, onde nestas oferecem seus serviços e especialidades através de serviçais e representantes em troca de pesquisas, tecnologias, e fontes de energias. Os Magos Negros desempenham tamanha função, mesmo negando e muitas vezes sem saber, servem a outros espíritos, seus superiores.
Senhores da Escuridão -  estes espíritos são comandantes dos Magos Negros, estão pro traz das grandes calamidades e o caos que se instalam no mundo, são grandes obreiros e arquitetos das trevas, tem em seu trabalho o objetivo de influenciar e manipular espíritos encarnados de grande influencia no processo da humanidade e ainda em cargos de imenso poder para o desenvolvimento da humanidade.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Amalá - Entrega ao Orixá

Amalá - Na Umbanda e no Candomblé são utilizados para ofertar o Orixá em seus campos vibratórios.

A comida que se oferece ao Orixá é o Amalá e é um grande campo de força. Muita gente pensa que a finalidade de uma amalá é dar de comer ao espírito. Erro grosseiro por que o espírito de luz não tem nenhuma necessidade de comidas humanas, por não terem mais corpo físico. O amalá é um ritual que se faz com elementos que vibram na sintonia dos espíritos, que eles usam para criar um campo de força. O amalá reúne a força do médium, do Orixá e dos espíritos que vêm aceitar e se comprometer a executar o trabalho. Muitos Pais de Santos que por um motivo ou outro não possuem terreiros, trabalham com muita eficiência somente através das entregas aos Orixás.
Em momento de dificuldade, para a cura da saúde, o equilíbrio e a paz familiar, levantar as forças pela energia, e muitas outras necessidades, um amalá bem feito e direcionado à entidade certa resolve o problema. Pela quantidade de situações fica difícil enumerá-las nesta oportunidade. Cada objetivo tem que haver um trabalho certo, com a entidade especialista, e tudo isso ainda sob a inspiração de uma intuição. Essa matéria deve ser analisada quando estivermos mais aprofundados nessas nossas conversações.
O umbandista pela sua religião que manipula e usa a natureza como para os seus trabalhos é um ecologista em potencial. Qualquer material biodegradável não deve ser deixado no locar de entrega do amalá, exceto as velas que se queimam e derretem, mas se der pra retira-las a natureza vai agradecer, se não for possivel a pessoa tem a obrigação no dia seguinte levantar toda a oferenda. Os matérias usados nos amalás são: velas, charutos, cigarro, fumo, caixa de fósforo entreabertas, frutas, comida e bebidas. Todo esse material são biodegradáveis. O alguidar que é aonde se deposita a comida, segundas algumas correntes, forma uma ligação do amalá com elemento "terra" por ser feito de barro. Você pode substituir o alguidar  por "folhas de bananeiras"  pode substituir a garrafa por um "coitê" e o restante despe-já formando um circulo entorno da oferenda.

domingo, 17 de março de 2013

O que é magia??? - por Rubens Saraceni - Mestre, Mago e Sacerdote Umbandista.


Magia (não é magia = ilusão), antigamente rotulada de "Grande Ciência Sagrada" pelos magos, é uma ciência oculta que estuda segredos da natureza e a sua relação com o homem, criando assim um conjunto de teorias e práticas que visam o desenvolvimento integral das faculdades internas espirituais e ocultas do Homem, até que este tenha o domínio total sobre si e sobre a natureza.
Toda magia tem características ritualísticas, iniciáticas e cerimoniais que visam estabelecer contato com o indivíduo com os aspectos ocultos do Universo e de Deus. A etimologia da palavra provém da Língua Persa, "magus" ou "magi", significando tanto imagem quanto "um homem sábio". Também existem outros significados como algo que exerce "fascínio", como por exemplo quando se fala da "magia do cinema" etc.

 - "Magia é o ato consciente de ativar e direcionar energias elementares positivas ou negativas, universais ou cósmica e ponto final".

Agora que energias são essas, ai já é outra questão....

PRATICA DA MAGIA

a prática da magia  requer aprendizado (pelo iniciado, xamã, sacerdote, etc) de diversas técnicas de autocontrole mental, como a meditação e a visualização. Franz Bardon proeminente mago do século XX, afirmava que tais exercícios tem como objetivo equilibrar os quatro elementos presente na psique do mago, condições indispensável para que o praticante pudesse se envolver com energias mais sutis, como a evocação e a invocação de entidades, espíritos e elementais (seres da natureza), dentro de seu círculo mágico de proteção. Outras práticas mágicas incluem rituais como o de iniciação, o de consagração das armas mágicas, a proteção do astral, rituais festivos pagão de celebração, manipulada por símbolos e outros objetos particulares.

MAGIA NÃO É RELIGIÃO...

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Muitas pessoas associam erradamente o ato magistico com religião e vise-versa. A despeito do que muitos imaginam a magia é muito mais antiga que a religião e muitas religiões utilizaram-se de magia em seus rituais. Ambas utilizam-se (de forma consciente ou inconsciente) de poderes Divinos (e não humanos) para evocarem forças, energias, ondas, vibrações, etc, com algum proposito especifico.
A questão não está se a magia funciona ou não funciona (pois pra ela SEMPRE funciona). Magia por definição é o ato de alterar uma realidade com base na determinação. Assim mesmo que haja pela parte da força evocada o entendimento de que não há merecimento no pedido, ocorrerá com certeza uma mudança da realidade, nem que seja (inclusive) em contrário ao pedido do mago.
Muitos sacerdotes detém autorga de suas Divindades que utilizarem-se de seus poderes divinos em beneficio próprio ou de seus semelhantes. Mas não é necessário que um Mago seja religioso ou sacerdote para exercer seus dons. O difícil é dissociar as atividades de um mago das de um sacerdote iniciado, pois geralmente os Magos optam por uma determinada religião que lhe ofereça condições de exteriorizar os poderes a ele conferidos.


sexta-feira, 15 de março de 2013

O Mistério das Fitas utilizadas na Umbanda Sagrada

por - Rubens Saraceni - Mestre, Mago e Sacerdote Umbandista.


1- Existem na criação, irradiações Divinas que se assemelham as "Fitas" ( a venda no comércio), devido a similaridade de larguras, essas fitas são bastantes utilizadas nos trabalhos de magia. Ao se falar em Mistério das Sete Fitas Sagradas, referi-monos a esse tipo de irradiação Divina cujas as faixas estreitas tem as mais variadas cores, e por trazerem dentro de si, vibrações das mais diversas possíveis, e por transportarem muitos fatores quando são direcionadas magisticamente realizam trabalhos importantíssimos tanto positivo quanto negativo. Essas "Fitas Divinas" são, na verdade, a fusão ou o entrelaçamento de ondas vibratórias que criam aos olhos dos seus obsessores, a impressão de que  estão vendo Fitas Coloridas.

2- Essas irradiações Divinas semelhantes a Fita, por transportarem vibrações desde o plano Divino da Criação até o plano espiritual e por imantação condensarem seus mistérios em "Fitas" feita de tecido, dão a estes materiais  todo um poder magistico. Fitas vêm sendo usadas, na Umbanda, pelo guias espirituais que as cruzam e as amarram nos pulsos das pessoas como uma proteção ou repelidoras de vibrações negativas, assim como determinam aos seus médiuns que usem nas ao redor da cintura ou transversalmente à direita ou a esquerda, sempre como protetores. Mas também as usam "amarrar" as forças negativas fora de controle ou rebeladas visando contê-las, e esgotar os seus negativismo. Também costumam pedir que determinadas cor e quantidade como (1-3-5-7) sejam colocadas dentro das oferendas, ainda que os seus médiuns ou quem for fazer a oferenda, nada saiba ou conheça sobre este poderosíssimo mistério simbólico na Umbanda Sagrada.

3- As irradiações Divinas, na forma de Fitas, partem  de mentais divinos identificados por nós e dentro da Umbanda como Orixá. Portanto, basta fazer uma associação entre as cores dos Orixás e as Fitas, que tanto temos conhecimento de a quem pertencem quanto o  que realizam.

4- A posição das Fitas, colocadas ou amarradas no corpo do médium ou do consulente indica o tipo do trabalho e qual a linha  que está atuando.
ex:

  • Fitas colocadas ao redor da cabeça - indicam trabalho mental;
  • Fitas amarradas ao tira-colo ou transversalmente à esquerda - indicam trabalhos realizados por forças espirituais da esquerda;
  • Fitas amarradas ao tira-colo ou transversalmente à direita - indicam trabalhos realizados por forças espirituais da direita;
  • Fitas penduradas ao redor do pescoço e caídas sobre o peito - indicam campos protetores;
  • Fitas amarradas ao redor da cintura- indicam  campos de trabalho (protetor permanente);
Portanto, quando os guias espirituais recomendam aos médiuns que usem ou despachem as (Fitas), estes devem entender que por trás de cada cor e cada fita, está um poder divino que é atuante e cujas irradiações, na forma das Fitas, partem do plano mais elevados da criação e chegam até o lado espiritual, podendo ser condensado ou irradiado através de Fitas materiais cruzadas e imantadas pelo guia espirituais, uma vez que falarmos em Mistério das Setes Fitas Sagradas, estamos nos referindo a estas irradiações que são vivas, Divinas e capazes de realizarem poderosíssimos trabalhos de magia.

5- Continuando com o que existe por trás de alguns elementos usados pelos guias espirituais na Umbanda, podemos fundamenta-los nos poderes dessa forma:

  • Existem irradiações divinas finíssimas e análogas a linhas. Estas irradiações penetram o mental das pessoas e alimentam suas faculdades ou dons mediúnicos, portanto,  ao falarmos em 7 linhas de Umbanda, estamos nos referindo a estas irradiações divinas provenientes diretamente dos mentas dos Orixás para os médiuns. Assim como fazer trabalhos com uso de linhas coloridas é trabalhar com este Mistério Divino.
6- Os cordões usados pelos guias, seja, eles feito de fios enrolados ou trançados ou enfaixados e enlinhados por fora, com uma linha, também são produtores de irradiações divinas provenientes dos mentais divinos que, por serem feixes de ondas vibratórias transportadoras e irradiadoras de fatores, e por serem vivas e realizadoras, então estes cordões usados pelos guias, e que são simbolizados como laços, chicotes, cipós, e por cordões propriamente ditos, assim que cruzados e imantados por eles, adquirem poderes magisticos.
Portanto, todos esses elementos adquiridos e outros aqui não citados, não são adereços folclóricos e muito menos enfeites, porque são produções simbólicas de irradiações divinas provenientes dos mentais divinos que fundamentam seus usos pelos guias  espirituais da Umbanda.

Cores das Fitas e Orixás Regentes
  • FITA BRANCA - OXALÁ
  • FITA AZUL ESCURO - OYÁ - LOGUNÃN
  • FITA DOURADA, ROSA OU AZUL - OXUM
  • FITA COLORIDA (TODAS) - OXUMARÉ
  • FITA VERDE - OXOSSI
  • FITA MAGENTA, VERMELHO - OBÁ
  • FITA MARROM, VERMELHA - XANGÔ
  • FITA LARANJA - EGUNITÁ
  • FITA VERMELHA, AZUL ESCURO - OGUM
  • FITA AMARELA, VERMELHA - IANSÃ
  • FITA ROXA - OBALUAÊ
  • FITA LILÁS - NANÃ
  • FITA AZUL CLARO - YEMNJÁ
  • FITA - ROXA - OMOLU
  • FITA BRANCA OU PRETA - IORIMÁ (ALMAS)
  • FITA VERMELHA - POMBA-GIRA
  • FITA PRETA OU VERMELHA/ PRETA - EXU

Como legalizar um terreiro. Saiba os caminhos para você que quer legalizar ou para você que quer abrir um Terreiro de Umbanda.


fonte - http://www.girasdeumbanda.com.br/serv2.asp

Para se abrir legalmente um centro de Umbanda, bem como qualquer outro local de culto religioso, a primeira coisa a fazer é o registro em cartório e a retirada do número de CNPJ. Mesmo sendo uma instituição sem finalidades lucrativas, o CNPJ, Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica é necessário, bem como o controle fiscal/financeiro da instituição.

Procurar um contador, ou uma empresa de contabilidade, é uma ótima opção para que esta lhe oriente e assuma este controle burocrático, normalmente estas empresas vão disponibilizar até mesmo uma assessoria jurídica para quaisquer outras finalidades posteriores.

De qualquer forma, podemos adiantar que será necessária a formação de uma diretoria, esta diretória fará uma reunião/assembléia de inauguração, que ira definir os primeiros parâmetros e detalhes dos postulados que regerão a casa. Esta reunião, no papel, é a ATA DE ABERTURA DO CENTRO, que juntamente com o ESTATUTO irá ser registrada em cartório.

Esta ATA e Estatuto precisarão estar assinados por advogado credenciado na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Feito isso, redigindo o estatuto que rege as normas e objetivos da instituição religiosa e registrando em cartório, já se pode entrar com o pedido do cadastro jurídico, o CNPJ. Este cadastro leva alguns dias para ser expedido.
Vale lembrar que até aqui, você está regularizando seu reconhecimento jurídico em âmbito nacional, não tendo qualquer relação com alvarás de funcionamento e/ou qualquer outro documento que compete a outros órgãos expedir. Ou seja, até aqui você não precisa estar filiado a nenhuma federação ou órgão regulador/orientador.

quinta-feira, 14 de março de 2013

quarta-feira, 13 de março de 2013

Músicos de cultos africanos terão registro profissional

fonte - www.ica.org.br/Noticias/musicos-de-cultos-africanos-terao-registro-profissional

Em iniciativa inédita no Brasil, os músicos que atuam em culto de Umbanda e Candomblé, chamados de Ogãs, terão a profissão regulamentada no Distrito Federal - Brasilia. A partir do dia 28 de março, as secretárias de cultura e de igualdade racial do DF, em parceria com a Federação Brasiliense de Umbanda e Candomblé e com ordem dos músicos de Brasilia a (OMB-DF), darão início a oficialização do trabalho desses instrumentistas.
Na prática, o acordo prevê que os Ogãs em atividade no Distrito Federal poderão requerer a carteira de músico da OMB-DF. A profissionalização garante a eles participar de eventos religiosos financiados pelo poder público, com apresentações na Esplanada dos Ministérios. Mas, fica proibida a participação em eventos privados, como em casas de espetáculos.
Com a atividade formalizada, o Ogã passa a ter o mesmo reconhecimento que um músico de Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, por exemplo.
Como se profissionalizar - O primeiro passo para adquirir a carteira de músico profissional é participar do processo de audição. No próximo dia 28, na Prainha do Lago Sul, haverá uma avaliação coletiva dos interessados, com a participação de diretores da Ordem dos Músicos.
Após a audição, o terreiro onde o candidato exerce sua atividade deverá encaminhar o pedido de registro a Federação Brasiliense de Umbanda e Candomblé do DF, que o repassa-rá  a OMB-DF. Aprovada  a solicitação, Ordem dos Músicos submete o Ogã a prova prática em que ele tocará três ritmos próprios do Terreiro que frequenta. Vencida essa etapa, uma banca formada por diretores e conselheiros da Ordem dos Músicos autoriza-rá a retirada do registro.
Em Brasilia, existem cerca de 2 mil Terreiros, somado aos existentes na região metropolitana do DF, o numero chega a 5 mil. Sendo que em cada Terreiro é necessário de quatro Ogã.

terça-feira, 12 de março de 2013

PETIÇÃO PARA CRIAÇÃO DO SANTUÁRIO REGIONAL DE UMBANDA E CANDOMBLÉ DO ALTO DO TIETE E ARREDORES

A Federação CRESPA grande órgão mobilizador, entende que a mobilização de pessoas pode e muito ajudar a todos, contudo vem criando projetos inovadores e utilizando as técnologias a esse favor, acreditando que é através de projetos que conseguirem avançar, pois mobilizar sem projetos não é suficiente, por esse motivo a FEDERAÇÃO vem convidar a todos a fazerem parte dessa história que o CRESÇA está fazendo perante a todos, mesmo que forem filiados a outras organizações, não tem problema vem unir esforços para o bem coletivo. Pois no CRESÇA é assim todos ganham, por isso o projeto vai na frente, não queremos promover pessoas e sim ações e projetos da comunidade.
Contudo esse projeto que está sendo apresentado fará com que nossos direitos sejam preservados, pois cansamos de sair na rua e ser humilhado, receber palavras de baixo calão, ou então ser chamados de pessoas que estão destruindo a Natureza, e sabemos que não é por ai, alias a religião - Afro provem da natureza e o que mais queremos e preserva-la, mas se não nos dão oportunidade como faremos? Então queremos ser parceiro sim dos órgãos públicos, e que eles entendam e escute a comunidade antes de se fazer algum projeto tem que ser ouvidos.
E não somente criam ações e jogam de cima pra baixo e temos que aceitar. Com o santuário descentralizado em outros municípios, a economia gira-rá  ajudando e auxiliando a todos, pois os senhores não pagaram caro para suas práticas religiosas, seus filhos gozarão da Natureza e cuidarão da mesma pois serão ensinadas a tal, teremos projetos semanais para pessoas de diferentes idades, ensinando  sobre a Natureza, a água fazendo com que o município receba pessoas de outras localidades e assim sendo, melhorando a economia. Queremos ter a oportunidade de junto com o poder público cuidar do que é nosso por direito e nos colocar a disposição.

Link para assinar a petição.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Lugares para a prática da Umbanda Sagrada ao ar livre

por - Rodrigo Correia dos Santos - médium, sacerdote umbandista, ogan e adm. do site tamboresdeorunmila.

SANTUÁRIO DOS ORIXÁS

Localizado no bairro de (montanhão) divisa do estado de São Bernardo do Campo, com Santo André o Santuário do Orixás é composto por diversos boxes onde os Terreiros, Casa de Santo de Umbanda e Candomblé praticam suas sessões de atendimento espiritual. O local tem uma infra-estrutura com estacionamento interno do estabelecimento, tem seguranças no local, é composta por uma cachoeira no pátio central o médium tem toda a tranquilidade de abrir suas obrigações, louvar e praticar tanto a Umbanda, quanto Candomblé sem problema algum.
O Santuário dos Orixás é administrado pela Babalaô e Sacerdote Umbandista Ronaldo Antonio Linares.

VALE DOS ORIXÁS

Este sítio em Juquitiba localizado a 74 Km/h da cidade de São Paulo, tem uma grande infra-estrutura com mais de 7 barracões e com uma grande área de mata virgem preservada, é uma ótimo lugar para os Terreiros que buscam uma maior privacidade durante suas sessões de trabalhos espirituais, locais específicos para as oferendas, possui uma belíssima cachoeira, cruzeiro, enfermaria, lanchonete é administrado pelo Sr. Lima e Pai Jamil Rachid fundador e Presidente da União de Tenda  de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo.

CANTINHO DOS ORIXÁS

Esse espaço localizado a 48,5 km/h da cidade de São Paulo, localizado em Nazaré Paulista com uma infra-estrutura contento barracões grandes, lojas de artigos religiosos, restaurantes, acomodações para Terreiros que queiram passar o dia inteiro no local.
Esse é um espaço pouco frequentado dentro do circuito Umbandista concentrado mais entre o Santuário dos Orixás no ABC e o Vale dos Orixás em Juquitiba.

QUARESMA - por Ronaldo Antonio Linares - Babalaô e Sacerdote Umbandista

por - Ronaldo Antonio Linares - babalaô, sacerdote umbandista.

A quaresma é uma pratica Católica de resguardo, dos quarenta dias que antecedem a sexta-feira santa e páscoa.
A principio a Igreja se mantinha de luto por quarenta dias, começando na quarta-feira de cinzas. Os altares e as capelas menores eram cobertos por um pano roxo (Orixá Nanã?). Toda atividade artística e alegre cessava e, os Terreiro que funcionavam escondidos, temendo represálias por serem descobertos, cessavam suas atividades.
Apesar disso, é considerando que, as atividades com os chamados Guias de Luz e com os Orixás estão paradas, valem-se disso os que trabalham na sombras, os espíritos dos malignos, que aproveitam-se de estarem desprevenidos os homens bons para promover o mau.
A tradição de se fechar os Templos de Umbanda quando não havia liberdade de crença, não tem razão de ser no mundo atual. Muito ao contrário, é nessa época que NÃO DEVEMOS PARAR, é nessa época em que a Quimbanda maligna trabalha à vontade, que o Templo deve estar preparado para que, com o auxilio das Entidades de Luz, denunciar qualquer trabalho negativo que tenha sido feito para atrapalhar seus Filhos de Fé ou frequentadores.
Atualmente, interromper os trabalhos do Templo na Quaresma é descabido, é ingenuidade, é desconhecer que os inimigos trabalham nas trevas e que, se não temos os PRETOS-VELHOS, o CABOCLO ou qualquer entidade que possa nos avisar do mau feito, estaremos desprotegidos, descobertos, ou seja, nas mãos dos inimigos.
É preciso URGENTEMENTE esclarecer que a Quaresma não é AFRO, e sim hebraico-européia, e que já não é preciso se esconder de ninguém, pois na Constituição nos assegura o direito à liberdade de crença e os Padres já não podem mais queimar nas fogueiras da inquisição.
Por isso vamos abrir nosso Templos de Umbanda na Quaresma e cuidar com amor dos nossos Filhos de Fé.

domingo, 10 de março de 2013

Padê de Exu Ecológico - por Grin Xangô sacerdote Umbandista.

Grin Xangô mostra uma forma prática e fácil de faze um padê de Exu ecologicamente correto, onde os elementos usados não agridem o meio ambiente.

"Umbanda é uma religião séria, pra gente séria..."

sábado, 9 de março de 2013

O Desconhecido Orisá Okê (Olooke, Oloroke) O Orisá do Monte, das Montanhas...


Fonte - Axé Olorokê

E sobre o monte, a vida, do homem é possível entre os Orisás, existe um chamado Orisá Okê. Entre todos os Okê, existe um mestre muito importante de nome Olooke, o dono e senhor das montanhas. Anteriormente existiam vários outros Okê junto com ele. Eles também são muito importantes e não se deve brincar com eles, já que representam a justiça acima de qualquer coisa. Sua importância se deve muito ao fato de que todos os Orisás que chegaram no tempo da criação, desceram à Terra por intermédio de Olooke. Okê foi a primeira ligação entre Orun e Aiye (Céu e Terra), sendo que ele foi a primeira terra firme, uma montanha que elevou-se do fundo do mar a pedido de Olodumare e com a ajuda de Oroina e resfriada por Olokun.
Conta o mito dos tempos da criação que no principio do mundo, só reinava Yeye Olokun, a deusa do oceano avó de Ya Olokun e bisavó de Yamoja, e Olodumare.
O Deus supremo estava aborrecido com tanta monotonia de só haver água cobrindo tudo, então ordenou a Oroina, o Fogo Universal, matéria de origem do sol, a lava vulcânica contida nas entranhas da terra, a fazer surgir com a força vital da existência que lhe deu Olodumare, a primeira colina do fundo do mar que cresceu em forma de um vulcão em erupção lançando lava que ela (Oroina), com a ajuda de Olooke, Aganju, e Igbona, trazia das profundezas da terra e que eram resfriadas por Olokun.
Foi assim que nasceu Okê, a montanha, divindade que também é conhecida como Olooke, o dono e senhor da montanha.
Logo Olodumare, o universo com todos os seus elementos, reuniu todos os demais Orisás Funfun em Okê e determinou a cada um, o seu domínio na criação da vida. Chegaram primeiro Obatala e Yemu (Oduaremu). Após a chegada de Obatala e sua esposa Yemu, chegaram os outros Orisás Funfun, sendo um muito especial: Akafojiyan que com seu irmão Danko (ou Ndako) encabeçou os demais vindos à frente e este último passou a habitar os bambuzais brancos.
Chegaram Ogiyan, Olufon, Osafuru, Baba Ajala, Olufande, Orisá Ikere e todos os demais Orisás Funfun. Após a chegada dos Orisás, era a vez dos Ebora e a cada um foi dada por Olodumare uma função na terra.
Sem Olooke nenhuma divindade teria chegado à Terra e sendo ele a primeira terra firme, sempre se deve recorda-lo e fazer-lhe oferendas, pois o que aconteceria se ele resolvesse voltar para Okun. Epa mole.
Olooke é a colina, tudo que é elevado e alto, a lava vulcânica também lhe pertence e é a divindade de todas as montanhas da terra, sendo ainda a força e o guardião de todos os Orisás. É inseparável de Obatala.
A árvore Ose (Baobá) é também sua representação e seu arbusto de culto, pois a grandiosidade do Baobá, sua altura, sua magnitude, a idade de até 6000 anos que pode viver, sua solidez faz dela a árvore escolhida por Olooke para seu culto. No Brasil por existirem poucos Baoba passou-se a cultuar Olooke ao pé da gameleira branca que serve de culto também para Iroko, mas um Orisá não tem nada a ver com o outro.
Na África, até os dias atuais, este Orisá é tido como de muita importância, sendo temido e seus festivais anuais, os “Semuregede”, atraem grande número de fiéis que acreditam que Olooke trará prosperidade e paz pelo ano todo.
Seus ritos são sete e dois deles são os pontos culminantes que é a oferenda no arbusto na floresta sagrada e sua saída à rua acompanhado de seus adoradores onde as pessoas prostram- se com a cabeça no chão em sinal de grande respeito e temor perante um Orisá tão poderoso.
Os não iniciados escondem-se dentro das casas, assim como as mulheres grávidas e crianças que não fazem parte do Egbe. Aquele que pode dirigir-se a Oloke e conversar, fazer pedidos a ele, chamam- se Baba Elejoka.
Olooke é o guardião de muitos povos no Ekiti (Nigéria), e lá estão localizadas as maiores rochas onde se praticam seu culto.
E o mito continua: Quando tudo já estava funcionando com cada Orisá e Ebora com suas funções sendo executadas, eis que Olokun julgou que havia sido prejudicada perdendo espaço para as outras divindades e então Olokun resolveu retomar o espaço que ocupava anteriormente invadindo as terras. Muitos seres que já haviam sido criados morreram com ira de Olokun. Olodumare vendo o que estava acontecendo novamente deu ordens a Oroina, Aganju, Igbona e Olooke para que fizessem uma cadeia de montanhas que isolasse Olokun em seu espaço e assim com a força destes Orisás, as montanhas isolaram Okun, mas Olokun insistia em invadir desafiando assim as ordens de Olodumare, que, enfurecido condenou Olokun a viver nas partes mais profundas do Oceano e ainda a acorrentou dando a ela um mensageiro que era uma grande serpente marinha de tamanho nunca antes visto.
E deu a Olokun uma Ilha aonde sua mensageira viria receber as oferendas para levar até Olokun. Após muito tempo nesta situação, já com a terra e a criação reconstruída, Olokun pediu a Olodumare que a deixasse livre mas os seres que viviam na terra deveriam lhe fazer uma oferenda diária de um ser humano em troca do espaço perdido e que lhe pertencia. Olodumare concordou mas ela deveria permanecer no fundo de Okun e apenas de tempos em tempos poderia vir à superfície em sua ilha e quanto às oferendas diárias, seria a grande serpente, sua mensageira quem lhe entregaria.
Com a invasão de Olokun os primeiros seres que haviam sido criados foram todos tragados pelas águas, mas estes primeiros seres eram defeituosos e mal acabados pois eram as primeiras experiências dos Orisás que puderam então fazer seres mais aprimorados que desenvolveram as civilizações.
Olooke criou vários lugares para sua adoração, mas sua cidade principal foi Okiti Ikole onde era adorado em um grande Ose (baoba). Ekiti, é seu grande celeiro. Olooke também é uma criatura branca complexa e sendo assim veste branco e seu rosto não deve ser encarado por nenhum mortal. O Orisá também não quer ver os olhos das pessoas pois não confia nelas e assim reserva-se debaixo de um Ala.
Olooke esta sempre presente nos festivais de Yeye Olokun e de Obatala. Seu toque principal no tambor “D’Água” lembra muito o Aluja tocado para Sangò, porém mais cadenciado. A dança é muito valorizada pela beleza, e os movimentos tornam-se mais lentos para que possam ser executados com muito mais graça. Ele dança também o ritmo Ijesá, isto tanto na África quanto no Brasil. No festival de Olooke em todo Ekiti, na semana que antecede o festival o Egun de Olooke é quem sai a rua para dançar.
Na semana seguinte é o festival do Orisá que reúne grande número de fiéis e em alguns ritos é proibido a presença de mulheres e crianças, pois, as mulheres não podem sequer tocar no Igbá do Orisá. Elas são consideradas escravas de Olooke e podem apenas cantar para ele (e neste momento quem deve cantar são apenas as mulheres). Elas podem também ser iniciadas para Olooke, porém não podem por a mão no próprio assento de seu Orisá, tendo que imediatamente ser confirmado um homem que fará as funções. Um Orisá acompanha muito Olooke ao ponto de levar em seu nome o nome do Orisá:
Ogun Olooke ou Ogun Oke pouco conhecido no Brasil. Este Ogun viveu ao lado de Olooke e é quem dá caminhos a Olooke. Ogun foi quem abriu os caminhos para Olooke vir para as terras baixas e participar do convívio das pessoas.

ORIXÁ OROINA – A DEUSA DO FOGO UNIVERSAL

por -Baba Rotimi, casadocriador.org.br

No principio do mundo, só reinavam Orisas Olokun, o deus do oceano e Nanã, a deusa dos pântanos e só água cobrindo tudo. Olodumare o deus supremo, aborrecido com a monotonia, então ordenou a deusa do fogo universal, matéria de origem do sol, a força da lava vulcânica contida nas entranhas da terra, a fazer surgir com a força vital da existência do fundo do mar que cresceu em forma de erupção vulcão com a ajuda de Orixás Aganju, deus da erupção vulcânica.
Logo Olodumare, reuniu com todos os demais Orixás e determinou a cada um o seu domínio na criação da vida. Olodumare novamente deu ordens as Orixás Oroina e Aganju, para que fizessem uma cadeia de montanhas que isolasse Orixá Olokun em seu espaço, e assim com a força destes Orixás as montanhas isolaram Okun – mar, mas Olokun insistia em invadir a terra desafiando assim as ordens de Olodumare.
Após muito tempo nesta situação, já com a terra e a criação reconstruída, Olokun pediu a Olodumare que os seres humanos que viviam na terra deveriam lhe fazer oferenda diária de cada ser humano em troca do espaço perdido e que lhe pertencia.
Olodumare julgou justo e concordou, mas ela deveria permanecer no fundo de Okun e
Apenas de tempos em tempos poderia vir à superfície.
É por isto que até hoje todos os dias o mar leva um ser humano, mantendo assim Olokun apaziguado.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Segurança de um Terreiro, Casa de Santo dentro da Umbanda Sagrada.

por - Rodrigo Correia dos Santos - médium e sacerdote umbandista, ogan e adm. do site tamboresdeorunmila.
Ao olharmos um Terreiro a primeira coisa que vem em mente é, a estrutura física da casa.
Como diz o ditado popular - "quem vê cara, não vê coração", é exatamente isso que acontece com os Terreiros, Casas de Santos de Umbanda e Candomblé por esse Brasil a fora.
Por fora pode ser até simples, mas as pessoas não imaginam o trabalho que da por dentro, em questão de construir firmezas e assentamentos para que todos seus frequentadores possam se sentir seguros ao entrar dentro de uma casa religiosa e pisar num chão consagrado.
Vou citar 17 passos que o mestre, mago e sacerdote umbandista Rubens Saraceni fala sobre em construir os isolamentos de um Terreiro, Casa de Santo, Jornal de Umbanda Sagrada, página 06 - Ed. 149, Outubro de 2012.

Construção do Isolamento do Terreiro, Casa de Santo

  1. Isolar todo o perímetro do terreiro onde está localizado com um fio de cobre e outro de aço;
  2. Atar as pontas do fio de "cobre" a uma barra de "aterro" e as pontas do fio de aço a um "vergalhão" de aço. A barra e o vergalhão devem ter um metro (+/-) de comprimento;
  3. Cavar dois buracos a barra de "cobre" e no outro a barra de "aço", deixando 30 cm (+/-) de diâmetro e profundidade;
  4. Enterrar em um dos buracos a barra de "cobre" e no outro de "aço" deixando 30 cm acima do nível do chão;
  5. Colocar ao redor da barra de "cobre" uma camada de carvão mineral, e ao redor da barra de "aço" uma camada de carvão mineral;
  6. Cobrir essas duas camadas com uma serragem;
  7. Cobrir as camadas de serragem com areia do rio misturada com pó de ferro;
  8. Cobrir está camada de areia e pó de ferro com uma camada de barro cerâmico ou de fabricação de tijolos. Se conseguir um vermelho e outro branco, coloque está ao redor da barra de ferro e o vermelho ao redor da barra de cobre;
  9. Colocar moedas sobre as duas camadas de barro;
  10. Espetar sete tridentes curvos (femininos) ao redor da barra de cobre e sete tridente retos (masculino) ao redor da barra de aço;
  11. Fincar sete punhais pequenos (trabalho) ao redor de cada barra;
  12. Cobrir tudo com lã de aço e derramar terra sobre a lã até nivelar o buraco com o solo (chão). A seguir cimente só deixando visíveis as duas barras;
  13. Coloque sete olhos de boi e sete búzios fechados ao redor da barra de aço, e sete olhos de cabra e sete búzios aberto ao redor da barra de cobre;
  14. Ao redor dos assentamentos com as barras de cobre e aço, acenda sete velas pretas, sete vermelhas e sete brancas em cada;
  15. Abra uma champanhe e derrame um pouco sobre a barra de cobre e um pouco por fora dos círculos de velas, o resto deixe na garrafa e ofereça a Senhora Pomba-Gira Guardiã dos Mistérios da Esquerda do seu orixá Feminino;
  16. Abra uma garrafa de pinga e derrame um pouco sobre a barra de aço e um pouco em círculo por fora dos círculos de velas, o resto deixe na garrafa e ofereça ao Senhor Exu Guardião dos Mistérios da Esquerda do seu Orixá Masculino;
  17. Cigarro devem ser acessos no assentamentos da Senhora Pomba-Gira e Charutos no assentamento do Senhor Exu Guardião. Após este assentamento, inicial, sempre que for abrir uma sessão de trabalho o dirigente deve firmar uma triangulo com uma vela branca, uma vermelha e uma preta. No assentamento feminino a vela branca fica com o vértice voltado para dentro (cima) e no masculino a vela branca fica com o vértice para fora (baixo). Bebidas, charutos e cigarros são recomendados, não deixando de derramar um pouco sobre as barras e no solo em volta do assentamento;

quarta-feira, 6 de março de 2013

terça-feira, 5 de março de 2013

ORO INÁ ou EGUNITÁ - Orixá Feminino do Fogo Divino da Justiça.

por - Rubens Saraceni, mestre, sacerdote de umbanda e mago.


Ancestral de Oba Aganjù e Sàngó, para alguns a mãe, segundo outros o pai. Deidade de fundamento se recebe juntamente com Aganjù e Sàngó e não se inicia ou consagra em nenhum individuo. A etimologia da palavra Oro Iná, significa "Fúria de Fogo" e Ará Iná como também é conhecida "Trovão de Fogo".
Nasce do Odú Ìròsùn Meji, emanação direita de Olódúmarè, vivia com Elégbá no Orun muito antes de Òrùnmìlá vir à Ota Ole (terra) com os demais Orisás, assim relata o Odù Ogbe Méjì. É a manifestação do fogo universal, a representação dos lugares onde nascem os fogos vulcânicos e as lavas dos vulcões, a energia calórica do centro da Terra, o centro incandescente do globo terrestre, dos lugares onde nascem os terremotos.
Seus poderes formam as montanhas, as colinas as cordilheiras. Simboliza sobre tudo o amor a ira, o fogo purificador e o conhecimento intuitivo.
Òrisà Oko, ligando-se a Baba Òkè nos caminhos de Aganjù e buscando sua identidade em Olòkun, os fundamentos desta trilogia divina é muito mais profunda. Todos os ritos de fogo à Elégbá, Aganjù e Sàngó, estão mais relacionados à  Oro Iná de que a própria divindade que se esteja realizando o ritual, como  é o exemplo do Ajere, do Akara e da fogueira de Aira.

O Mito de Oro Iná

A terra era uma grande massa incandescente de fogo e Olofin sabia que não haveria nenhuma possibilidade de vida, então enviou Yemowo - esposa de Òrisà-Nlà para que apagasse este imenso fogo. Yemowo trabalhou arduamente e a cada imanação de seu asè formou-se uma camada. Quando formou-se a crosta terrestre o fogo tinha extinguindo  mas ficou completamente coberta pelas águas salgadas. Oro Iná ficou aprisionada(o) no centro da terra, não conformada(o) com o seu destino foi ver Olòdùmarè do qual lhe repreendeu por sua atitude anterior de querer a Terra somente para si. Mas com sua bondade e sabedoria de Deus Supremo lhe dize:

 - "Está pagando pela sua própria culpa, terá completo domínio sobre o centro da Terra, mas a cada periodo de tempo, poderá mostrar aos habitantes da Terra a fúria e a voz e sua descendência".

A mãe Orixá Oro Iná corresponde em genero, elemento e grau ao Orixá feminino que faz par com o Orixá Xangô na irradiação da Justiça Divina e que foi nomeada Egunitá, sendo que o nome dado então foi um emprestimo de uma das qualidades de Iansã, e isto está escrito em todos os livros onde aparece comentários sobre essa mãe do fogo.
Assim como "Egunitá" é descrita como uma das qualidades de Iansã, Pai Benedito nos esclarece que Oro Iná é uma das qualidades do Orixá feminino não nomeado e que é geradora e irradiadora do "FOGO DIVINO" para toda a criação de Olodumaré e que, se eu quiser, posso proceder à troca dos nomes para evitar mais polêmicas desnecessária sobre a Senhora regente do polo negativo da irradiação da Justiça Divina.

SALVE ORO INÁ.